(Fotograma de Notting Hill (1999), filme de Roger Michell)
Se a vida fosse como os filmes, como em tempos pensei que poderia ser, o silêncio não teria triunfado sobre nós. Alguém, ou alguma situação, teria quebrado o gelo. Teríamos falado. Talvez casualmente, de início, pura conversa de circunstância, ainda que por momento algum desprovida de intenções. Teríamos olhado um para o outro, teríamo-nos visto. Não nos teríamos contentado com dois, três, vários olhares furtivos. Mas já não se fazem filmes como antigamente.