("I like sleeping in your bed..."; fotografia de Jess, no flickr. Todos os direitos reservados)
O que custa nos finais, em qualquer final, é o desaparecimento da rotina. É o fim de uma série, mais ou menos longa, de hábitos que coleccionámos ao longo do tempo. O final implica uma ruptura com todos esses hábitos; e no dia que se segue, o primeiro impacto tem origem precisamente no vazio que se instala no lugar de tudo aquilo que fazíamos, mas que já não podemos fazer. Podem ser pequenas coisas; na sua ausência, os mais insignificantes detalhes ganham uma dimensão e uma relevância quase assustadoras.